segunda-feira, 14 de outubro de 2013

(RESUMO) Estudo Sobre Comportamentos, Atitudes e Práticas Sobre a Epilepsia, nos Distritos de Chibuto e Chókwè, Provincia de Gaza

Autores: Artur P. Langa(Psicólogo/PHD) , Lídia Gouveia(MD/Psiquiatra), Brígida Nhantumbo(DPS/Niassa),  Paulo Andrassone, (Psicólogos), Arlindo Nhabinde, Joaquim Wate

Resumo:
INTRODUÇÃO: Epilepsiaé a doença cere-bral mais comum. Constitui um problema glo-bal, acometendo pessoas de todas as idades, classes sociais, raças e países. Contudo, apesar da existência de intervenções convencionais de prevenção e controlo da epilepsia, as percep-ções e os conhecimentos sobre a doença têm sido influenciados por atitudes, crenças e prá-ticas socioculturais diversificadas, em função dos hábitos e costumes locais predominantes. 

OBJECTIVOS: Avaliar o nível de conhecimentos, atitudes e práticas sobre a epilepsia na população dos Distritos de Chibuto e Chókwè, província de Gaza. 

MÉTODOS:Fez-se um estudo transversal quanti-qualitativo no 2º semestre de 2011. Participaram 416 sujeitos, sendo 48,6% do distrito de Chibuto e 51,4% de Chókwè. Com base numa amostragem não probabilística por conveniência, aplicou-se um questionário sobre Conhecimentos, Atitudes e Práticas. A componente qualitativa foi avaliada através de uma entrevista composta por 5 questões abertas. 

Os dados foram analisados com recurso ao programa estatístico SPSS 13. O uso da estatística descritiva permitiu fazer uma descrição geral dos resultados encontrados. O uso do Teste
Qui-quadrado (X^2), possibilitou avaliar a associação entre as respostas com variáveis sociodemográficas.

RESULTADOS:Os resulta-dos mostram que cerca de 91% da população inquirida já ouviu falar de epilepsia, 47% afirma 
ter ouvido falar pela primeira vez nas conversas familiares e com amigos. Mais de 80% dos inquiridos revela que conhece, vive ou já viveu com pelo menos um doente de epilepsia, mais de 50% dos mesmos afirma que o melhor tratamento para a enfermidade é o uso regular dos anti-epilépticos.

 Relativamente ao encaminhamento de um doente com epilepsia, 31% da população refere ter procurado um Praticante de 
Medicina Tradicional (PMT). Nota-se a presença de alguns mitos e crenças sobre a epilepsia, distribuídos de forma variada e com peso de aceitação igualmente variado.

CONCLUSÕES:A população dos Distritos de Chibuto e Chókwè, Província de Gaza, possui conhecimentos mínimos (de carácter sociocultural e científicos) sobre a epilepsia, suas causas, modo de lidar com um doente, bem como para onde se deve encaminhar o indivíduo em caso de crise.

Palavras-chave: Epilepsia, Conhecimentos, atitudes e Práticas.
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