terça-feira, 22 de abril de 2014

II Simpósio de Psicanálise Maputo, 23 – 25 de Abril de 2014









Centro de Estudos
Psicanalíticos de Moçambique

II Simpósio de Psicanálise
Maputo, 23 – 25 de Abril de 2014
Local do evento: ICDP: Av. Emília Daússe 637, MaputoLocal do evento: ICDP: Av. Emília Daússe 637, Maputo




23 Abril – 4ª Feira
18.00 – 18.15
Discurso de Abertura
Alexandra de Mello
18.15 – 20.00
Apresentação e discussão do tema: “A Psicanálise e a Homossexualidade”
Oradores: Edson Saggese e Joyce de Paula e Silva (Brasil)
Moderador: Boia Efraime (Moçambique)
Discussão de casos clínicos:
Caso 1: Homossexualidade
Apresentador: Edson
Moderador:

24 Abril – 5ª Feira
Text Box: PROGRAMA18.00 – 20.00
Apresentação e discussão do tema: Intervenção psicossocial em contextos carcerários. Desafios e dificuldades
Orador: Omar Bravo (Colômbia)
Moderador: Dalila Antunes (Portugal)

18h – 20h - Discussão de casos clínicos
Caso 2: Violência Sexual de uma criança
Apresentadora: Graciette Cunha da Piedade (Angola)
Moderador: Bóia Efraime (Moçambique)

25 Abril – 6ª Feira
16h00 – 18h00
Apresentação e discussão do tema: Estratégias de prevenção ao uso de drogas e danos associados ao consumo
Orador: Omar Bravo (Colômbia)
Moderador: Romulo Mutemba (Moçambique)
18h00 – 20h00: Discussão de casos clínicos
Caso 3: Violência Doméstica – um caso de uma mulher adulta
Apresentador: Regina Mavie - GAP, Moçambique
Moderador:
Programa social
20h00 - Jantar de confraternização
 Veja os resumos dos temas, a seguir:


  1. Apresentações:
PSICANÁLISE E HOMOSSEXUALIDADE:
Por: Edson Saggese & Joyce de Paula e Silva


O que tem a psicanálise a dizer quanto a homossexualidade? Decerto ainda muito. Inicialmente a partir do desenvolvimento da teoria sobre a importância da sexualidade na construção do sujeito. Em continuação, articulando a teoria com a clínica para abordar o sofrimento psíquico, ligado a questões de género, que é imposto a um grande número de pessoas. Sofrimento que pode ser gerado por conflitos internos e/ou pelo preconceito e pela violência que atinge indivíduos homoeróticos em diversas regiões do mundo. Particularmente na África parece urgente abordar a questão da homossexualidade, tanto pela importância da epidemia de SIDA no continente quanto pela existência de políticas discriminatórias que, em vários países, recaem sobre parte significativa da população gay. A psicanálise pode aportar contribuições significativas para a compreensão de como se forma a orientação sexual e ajudar a diminuir o estigma e o preconceito.




INTERVENCAO PSICOSOCIAL EM CONTEXTOS CARCERÁRIOS. DESAFIOS E DIFICULDADES
Por: Omar Bravo
A intervenção psicológica em contextos carcerários esteve tradicionalmente dirigida a atender a demanda institucional e jurídica de detecção de indicadores de periculosidade na população presa, contribuindo assim com os processos de ressocialização, através da aplicação de instrumentos psicotécnicos que permitiriam enxergar esse caráter associal de forma clara e previsível.
Desta forma, os efeitos da prisão, em termos de impacto na saúde mental das pessoas institucionalizadas, foram pouco considerados.
Esta oficina tem como propósito discutir formas de intervenção que, desde uma perspectiva psicossocial, permitam traçar linhas de ação que contribuam a entender e reduzir os impactos que as rotinas e formas de interação social dos sistemas carcerários produzem nessa população.
A intervenção atual na prisão de Villahermosa de Cali, Colômbia, outorgará subsídios para este debate necessário



ESTRATÉGIAS DE PREVENÇÃO DO USO DE DROGAS E DANOS ASSOCIADOS AO CONSUMO
Por: Omar Bravo
As políticas de prevenção ao uso de drogas estão, em geral, atravessadas por uma série de mitos e preconceitos que as situam numa perspectiva mais disciplinar que terapêutica. Desta forma, os usuários são considerados doentes irrecuperáveis e potenciais criminosos e a abstinência aparece como a única solução possível.
Nos anos 80, a partir da aparição da epidemia da Aids, uma outra forma de trabalhar na prevenção ao uso abusivo de drogas e seus efeitos começa a ser construída. Nesta nova forma de intervenção, o uso de drogas é avaliado de acordo ao dano e o risco que oferece a cada usuário, não considerando a abstinência como a única meta possível.
As próprias intervenções são definidas junto á população usuária e diferença arbitrária entre drogas legais e ilegais perde relevância, priorizando assim uma perspectiva sanitária e comunitária.





  1. Casos clínicos
Violência Sexual Infantil - Relato de Caso
Por: Graciette Cunha da Piedade
A prática de abusos sexuais e maus tratos foram bastante aceites até ao século XVIII. A partir de então ocorreram mudanças nas atitudes em relação ao abuso sexual em crianças…
Segundo a Organização Mundial da Saúde, a violência sexual se caracteriza por uma relação que envolve maus tratos, e que isso ocorre com crianças ou adolescentes, estes são vítimas de pessoas mais velhas que, por sua vez, têm o intuito de se satisfazerem sexualmente. (Amendolia, 2004)
O agressor ou violador que abusa sexualmente a criança em geral é conhecido pela criança e ocorre dentro de casa.
No caso de M.L.L.J os abusadores foram dois adolescentes de 14 e 15 anos respectivamente que brincavam com ele sempre que fosse com a mãe à casa da amiga convidavam-no para irem para o quarto brincar e assistir televisão.
Objectivos: Objetivo geral: Avaliar os aspectos psicológicos da criança vítima de violência sexual. Objetivo específico: Avaliar os possíveis aspectos psicológicos e comportamentais da criança vítima de violência sexual. Metodologia: Neste estudo de caso utilizou-se como instrumento de avaliação a Entrevista Semiestruturada Inicial, H.T.P, Escala de Ansiedade Infantil Traço, Escala de Auto-estima de (Rosenberg, 1965), Escala de Satisfação Global Infantil, Escala Multidisciplinar de Satisfação de Vida para Crianças e Terapia Cognitivo Comportamental.
Considerações Finais: Durante a avaliação psicológica foi possível dotar a criança com habilidades de ''dizer não, ``contar para alguém´´, ``procurar um adulto de confiança, diferenciar ´´tipos de toque´´ (Gibson & Leitenberg, 2000)




Com apoios e cooperação:
  • ICDP Internacional Child Development Programme, Mocambique/Noruega
  • ProAdolescer, Brasil
  • Universid ICESI, Colombia 

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