“Depressão: A crise global”.
Mensagem do Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, para a data.
“Cerca de 350 milhões de pessoas de todas as idades, níveis sociais e nacionalidades sofrem de depressão. E tantos outros – familiares, amigos, colegas de trabalho – estão expostos aos efeitos indiretos desta crise de global saúde que está sendo subestimada.
A depressão diminui a capacidade das pessoas para lidar com os desafios diários da vida e, muitas vezes precipita a ruptura familiar, a interrupção da educação e a perda de emprego. Nos casos mais extremos, as pessoas se matam. Cerca de um milhão de pessoas comete suicídio anualmente, a maioria devido à depressão não diagnosticada ou não tratada.
As pessoas desenvolvem a depressão por uma série de razões e diferentes causas: genéticas, biológicas, psicológicas e sociais, que se conjugam para formar o contexto que serve de gatilho. Estresse, tristeza, conflito, abuso e desemprego podem também contribuir. As mulheres são mais propensas a sofrer de depressão do que os homens, inclusive após o parto.
Existe uma grande variedade de tratamentos eficazes e de custo moderado para tratar a depressão, incluindo intervenções psicossociais e medicamentos. No entanto, eles não são acessíveis a todos, especialmente àqueles que vivem em países menos desenvolvidos e aos cidadãos menos favorecidos em países desenvolvidos.
Entre as diversas barreiras à assistência e serviços estão o estigma social e a falta de profissionais de saúde em geral e de especialistas treinados para identificar e tratar a depressão. É por isso que a Organização Mundial de Saúde (OMS) está apoiando os países através do seu Programa de Ação para Suprir Lacunas na área da Saúde Mental.
A depressão não é simplesmente uma questão para especialistas em saúde. Todos podemos contribuir para aliviar o estigma em torno da depressão e outros transtornos mentais – talvez admitindo que nós próprios possamos ter sofrido de depressão, ou tentando ajudar aqueles que estão agora passando por essa experiência.
No Dia Mundial da Saúde Mental, vamos nos comprometer a falar mais abertamente sobre a depressão. Este é o primeiro passo crítico para remover um dos obstáculos ao tratamento e para ajudar a reduzir a incapacidade e o sofrimento causado por esta crise global.”
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