Muitos esportistas costumam
fazer uma cruz sobre o peito antes de iniciar suas atividades, assim como os
jogadores de basquete que quicam a bola um certo número de vezes antes de
tentar um lance livre. Não-atletas muitas vezes executam exatamente a mesma rotina
de tarefas diárias.
Um novo estudo sugere que estas ações compartilhar uma ligação
comportamental com o transtorno obsessivo compulsivo (TOC) onde elas atuam para
reduzir o estresse.
Neste novo estudo os pesquisadores descobriram que o comportamento
repetitivo em geral - e especialmente o comportamento tipo ritualístico - não é
apenas um fenômeno humano, mas também do mundo animal. Os pesquisadores
acreditam que os comportamentos ritualísticos em humanos e animais evoluíram
como um método para induzir a calma e aliviar o estresse.
A ação põe um pequeno grau de controle de volta nas mãos do indivíduo -
uma manobra que ajuda a melhorar a segurança e auto-confiança em situações que
estariam, de outra forma, fora de nosso controle.
A pesquisa foi publicada no Journal of Neuroscience and Biobehavioral
Reviews.
Quase todas as atividades humanas e animais podem ser divididas em três
partes - "preparatório", "funcional" e
"confirmatório", afirmou o zoólogo Dr. David Eilam.
O aspecto funcional é definido pelas ações específicas que devem ocorrer
a fim de concluir uma tarefa.
Mas as ações preparatórias e de confirmação, apelidadas de ações
"cabeça" e "cauda" pelos pesquisadores, não são estritamente
necessárias a fim de realizar o trabalho. Nós as realizamos antes e depois da
tarefa central, mas elas não estão necessariamente relacionadas à tarefa
central.
Além disso, os indivíduos realizam ações de "cabeça" e
"cauda" diferentes para cada tarefa.
Durante o curso de seu estudo Eilam e seus colegas pesquisadores
assistiram e analisaram vídeos de pessoas realizando tarefas comuns, como
colocar uma camisa, travando um carro, ou fazendo o café, assim como jogadores
de basquete completando um tiro-livre.
Eilam afirma que o comportamento no basquete é um bom exemplo de
comportamento ritualístico. Tudo que um jogador realmente tem a fazer é atirar
a bola - então por que quicar a bola precisamente seis vezes antes do tiro?
"A rotina que
realiza no momento anterior ao atirar da bola é um método para focar a sua
concentração total e controlar suas ações", diz Elam.
É também uma parte essencial da psicologia esportiva. Se
os jogadores sentem que completar suas ações repetitivas irá melhorar o seu
desempenho, eles tendem a ser mais bem sucedidos.
Essas idiossincrasias são individuais para cada pessoa, diz Eilam, que
observa que os rituais são como impressões digitais - únicas para cada
indivíduo.
Os pesquisadores dizem que mesmo entre tarefas diárias funcionais, atividades
"cabeça" e "cauda" podem ser facilmente diferenciadas. No
entanto, elas são exagerados em pessoas que sofrem de TOC, que podem verificar
e verifique novamente se o fogão foi desligado, por exemplo.
Pacientes com TOC tendem a se focar mais em ações do tipo
"cauda", segundo observado no estudo, do que jogadores de basquete,
que demonstraram mais atividades do tipo "cabeça", afirmou Eilam.
O primeiro sofre de uma sensação de incompletude - eles não tem certeza
se a sua tarefa foi ou não concluída, e o comportamento compulsivo é
impulsionado por uma necessidade de verificar a ação.
Ao contrário de um lance livre, onde há uma sugestão distintas - jogar a
bola - que sinaliza o fim da ação, um comportamento comum compulsivo, como
lavar as mãos, não poderia ter um final tão claro. Não há nenhuma referência
externa que sinalize "absolutamente limpo".
De acordo com Eilam, esta é a principal diferença entre os rituais
normais e patológicos.
Fonte: Psicologado
bom dia, tenho um aluno que todos os dias ao entrar em casa beija todos os santos de casa, ao sentar-se para estudar tem de passar a mao um certo numero de vezes pelo cabelo e endereitar o estojo repetidas vezes antes de o abrir e so depois eh que abre o caderno, e mesmo assim volta a endereitar o estojo para depois tirar as canetas, sera TOC ou apenas um ritual????
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