terça-feira, 22 de maio de 2012

Suicídios e Tentativas de Suicídio: A Prevenção Possível!

Rómulo Mutemba
(Psicólogo Clínico)

Introdução
O suicídio é conceptualizado pela OMS (1984) como sendo “um acto de pôr termo à própia vida, com um resultado fatal, que foi deliberadamente iniciado e preparado, com prévio conhecimento do seu resultado final e através do qual o indivíduo pensou fazer o que desejava” (Mário J. R. Santos, 2004, p. 159).

Ora, muitos dos conteúdos patentes nesta definição, parecem realçar o carácter “consciente, premeditado” do suicídio. Contudo, nos casos de algumas perturbações mentais em que o sujeito age por força do própio “condicionamento delirante ou alucinatório” e que o leva a morte, poderemos também considerar sucídio(?). Nos casos de perturbações do fórum depressivo em que sujeito “se arrisca a morrer” na tentativa de “fuga” de um sofrimento intolerável para ele, há enfraquecimento dos mecanismos de tomada de decisão e susceptibilidade para comportamentos suicidas.

O suicídio e tentativa de suicído não podem ser vistos como uma questão “pessoal” ou de direito do cidadão, de decisão do fórum íntimo, como alternativa de felicidade ou fuga ao infurtúrio, uma expressão religiosa, cultural ou ritual, mas sobretudo, devemos encará-lo como um problema de saúde, em que um conjunto de factores leva o indivíduo a cometer o “suicídio” ou a “tentar” suicidar-se.

quinta-feira, 17 de maio de 2012

A Medicina Tradicional e a Saúde Mental em Moçambique: (dez) encontros (?)





Rómulo Muthemba
Psicólogo Clínico



Medicina tradicional
Resumo

O presente ensaio pretende colocar em diálogo criativo e transformador duas realidades essenciais para a saúde: a medicina tradicional e a saúde mental. Deste modo, ambicionamos tirar ilações sobre as suas vicissitudes e complementaridades, de forma a reduzir o fosso existente  e  que  não  contribui  para  uma  abordagem comunicativa entre dois mundos próximos, mas também distantes.
 Numa primeira abordagem tentámos contextualizar e situar as duas realidades, definindo o seu campo de acção e métodos. 

Posteriormente, ousámos confrontar em diálogo as duas realidades, dando ênfase não aos aspectos meramente consensuais, mas àqueles que os problematizam e os dividem... é nesta experiência de comunicação que encontrámos alguns subsídios para exteriorizar o nosso pensamento, imaginário estimulado pelas constatações e discussões  permanentes  entre  o  que  é  da  ordem  do interno  e  o  externo,  objectivo  e  subjectivo  –  tentámos assim contribuir, através de uma reflexão aberta para uma melhor compreensão da subjectividade e elasticidade do psiquismo do ser humano. 

Subjectividade que deve ser abordada como tal, respeitando a sua natureza e complexidade, e não com determinismos científicos, culturais ou espirituais – mas sim num reconhecimento baseado no encontro e comunicação permanentes.

Fazemo-lo com a perspectiva de que os factores socioculturais exercem uma influência decisiva, nalguns casos na incidência, noutros na patologia das perturbações mentais e do

domingo, 6 de maio de 2012

Normas de Submissão de artigos e instruções aos autores


A submissão de artigos para publicação na Revista PSIQUE, pode ser feita por qualquer cidadão que seja interessado na pesquisa, devendo para o efeito seguir as normas estabelecidas bem como as instruções aos autores que se encontram em anexo. As normas e as instruções aos autores foram elaboradas para permitir uma uniformidade na estrutura dos artigos publicados na PSIQUE, criando igualmente um estilo e característica própria sem no entanto fugir as normas científicas. 

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